BYD investe em pesquisa no Brasil em parceria com a Unicamp

Reconhecida globalmente pela vanguarda em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, a BYD mantém constante atuação em seus projetos. Mundialmente já são mais de 18 mil patentes registradas com o envolvimento de 40 mil engenheiros e pesquisadores. Em termos de Brasil, os incentivos não são diferentes. Com o propósito de oferecer energia limpa e soluções elétricas para o transporte de diferentes segmentos, tem investido em larga escala e mantém, um departamento de pesquisa e desenvolvimento (P&D) fomentado pelo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (PADIS). O projeto preconiza melhorias contínuas nos processos de fabricação, proporcionando a introdução de novos produtos no mercado nacional e a garantia de alta qualidade, dentro de padrões internacionais de manufatura.

Com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a BYD mantém, desde 2017 incentivos para o desenvolvimento de pesquisas sobre células, módulos e sistemas fotovoltaicos e financia, para um grupo de 10 estudantes, bolsas de estudo para mestrado e doutorado. Também viabiliza a aquisição de equipamentos e insumos para realização das pesquisas e disponibilização de infraestrutura e laboratório.

Um dos resultados da parceria foi a criação de um laboratório pioneiro para a realização de testes e estudos sobre a degradação e o desempenho de módulos fotovoltaicos, “com diversos equipamentos que antes não eram acessíveis aos pesquisadores brasileiros e só podiam ser encontrados em laboratórios internacionais”, adianta Marcelo Villalva, professor doutor da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC) da Unicamp e coordenador dos estudos.

Villalva é um dos cinco pesquisadores mais citados mundialmente na área de sistemas fotovoltaicos, segundo a base de dados científicos Google Scholar, além de figurar entre os cientistas mais influentes do mundo em ranking organizado anualmente pela Universidade de Stanford. Para ele, “a parceria com a BYD é um exemplo bem sucedido de cooperação entre empresa e universidade”. Ele ressalta o início da cooperação e os diversos trabalhos de mestrado e doutorado financiados integralmente pelo programa de P&D da BYD. “São investimentos importantíssimos na formação de pessoas em um País tão carente de recursos para a ciência.”

O convênio com a Unicamp também soma esforços do professor e pesquisador Dr. Luiz Carlos Kretly, também da FEEC. Sua atuação está concentrada em circuitos integrados e desenvolvimento de técnicas avançadas de detecção de falhas em células fotovoltaicas. “O processo é conhecido como reflectometria no domínio do tempo, TDR sigla em inglês, e permite determinar a localização precisa de defeitos em células ou em soldas nos módulos fotovoltaicos, detalha Kretly. O professor também sinaliza que a técnica pode ser útil na inspeção final ou mesmo durante a manufatura dos módulos fotovoltaicos.”

Recentemente, juntou-se ao time o professor Dr. Francisco das Chagas Marques, do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW) da Unicamp com pesquisas na área de novos materiais para o aumento da eficiência de células cristalinas, e de células fotovoltaicas sensibilizadas por corantes.

“Muitas pesquisas realizadas terão resultados de longo prazo, mas os primeiros já começam a ser percebidos como artigo submetido pelo grupo e aprovado para apresentação no 8º Congresso Mundial de Conversão Fotovoltaica de Energia, previsto para setembro deste ano em Milão, na Itália”. O professor revela entre as abordagens, a aplicação de pigmentos fotoluminescentes para aumentar a captação de luz em células fotovoltaicas.

Hugo Alvarez, Dr. em eletrônica, microeletrônica e optoeletrônica, que integra o time de pesquisa e desenvolvimento da BYD, destaca o fomento à pesquisa e inovação, o incentivo ao desenvolvimento de capital humano nas universidades e estímulo a ampliação de pesquisas no País. “É um trabalho conjunto que possibilita, além de compreender os mecanismos de degradação de um módulo, auxiliar a homologação junto ao IN Metro. Sem esquecer o impacto positivo para a ciência no Brasil.”

O convênio com a Unicamp foi estabelecido um ano após o início da fábrica de módulos da BYD no Brasil e a sua inscrição no PADIS ocorreu em 2016 e vem sendo renovado anualmente desde então.

Os resultados deste ano, foram compartilhados pela primeira vez em workshop realizado em 30 de junho na BYD, que contou com a participação de docentes e estudantes da Unicamp. Novo encontro é planejado e em decorrência dos resultados positivos, planeja a abertura de participação externa, o que oportuniza troca e conhecimento dos estudos para a sociedade.

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